31.8.12

O Livro das Ilusões

Não sabia em que mês estava, nem em que ano. Não conseguia lembrar-se do seu nome.  Tijolos e pedra de calçada, as nuvens da sua respiração disparando no ar em frente, e o cão com três pernas manquejando em torno a uma esquina e desaparecendo da sua vista. Deu-se conta mais tarde de que aquela era uma imagem da sua própria morte, o retrato de uma alma em ruínas, e, durante muito tempo depois de se ter recomposto e seguido o seu caminho, uma parte dele permaneceu ali, naquela rua vazia de Sandusky, Ohio, lutando ofegante pelo ar da vida enquanto a sua existência se escoava de dentro das suas entranhas.

Discos como nós

Hoje, às 21h, no Coliseu de Lisboa. E eu não vou. Vou ali chicotear-me e já venho.

Os que ficam

                                                              Getty Images, daqui
A ideia do Reverso era o anonimato total, mas o avesso tem destas coisas: dois amigos souberam da sua existência pelo que as minhas expectativas saíram defraudadas. Por isso, enviei este blogue a outros amigos, poucos. O surpreendente, mas pouco, foi pensar, em breves segundos, em que pessoas confiava para partilhar tamanha intimidade. Uns eram mais do que óbvios, como a minha irmã ou amigos muito próximos. Com outros, meus bons leitores, não falo há algum tempo, nem tão pouco todos os meses, mas apareceram-me de imediato na cabeça. Porque por qualquer razão, às vezes inexplicável, lhes confiava a vida. E o agridoce destes mistérios, é das melhores coisas que guardo nos dias.

30.8.12

Uma Outra Educação

O filme passou-me ao lado quando estreou, em 2009. Ontem, a correr o videoclube da zon (fraquinho, fraquinho) aluguei-o. Se a vontade for de ver qualquer coisa com um bom argumento, mas leve, é o ideal.
Carey Mulligan interpreta Jenny, uma miúda de 16 anos, na Londres dos anos 60, que se prepara para entrar em literatura inglesa em Oxford. Apaixonada por livros, arte e música francesa, e castrada pelo pai para aprender latim e tudo mais que possa ser entediante, Jenny vê na universidade uma fuga à monotonia, uma oportunidade de libertação e criatividade. Um dia conhece David, (Peter Sarsgaard) um homem mais velho e, assim como os seus pais, deixa-se envolver na sua vida de luxo, festas e aparências.
O filme mostra a sociedade da época, o papel apagado que se esperava de uma mulher, esposa. O pensamento caduco do homem, marido, pai. Jenny desiste da escola (e da faculdade). Faz 17 anos e prepara o casamento com um homem charmoso, sim, mas com o dobro da idade dela - apesar da leveza do filme, isto atormentou-me do início ao fim.
As personagens estão bem construídas, a interpretação de Mulligan é perfeita  - ganhou um BFTA de melhor actriz com este filme, e foi nomeada na mesma categoria para os Óscares e Globos de Ouro. A realização é de Lone Scherfig (cineasta dinamarquesa mais conhecida por Italiano para Principiantes), e Uma Outra Educação também mereceu nomeações nos Óscares para Melhor Filme e Melhor Argumento Adaptado ( a partir das memórias da jornalista britânica Lynn Barber, trabalhadas por Nick Hornby, by the way).
Os planos são óptimos, assim como a fotografia e a banda sonora. Só faltou estarmos bem um com o outro para o serão ser perfeito.


29.8.12

dias bons

O encontro foi inesperado. Somos amigos há nove anos sem que nada o pudesse prever, desde o 1º ano da minha segunda faculdade. Ele é mais novo quatro anos. Depois do curso, trabalhámos juntos em duas empresas diferentes e ficámos ainda mais próximos. Quando mudei para outro emprego, recheado de horas de labuta e poucas de vida própria, afastámo-nos. Por força das circunstâncias. Sempre que havia jantares, copos, cafés ou praia, eu estava encafuada na redacção, impossibilitada de estar presente. Nos dias em que conseguia sair a tempo, tinha um tal cansaço acumulado que só me apetecia sofá, filmes e séries. Sempre fomos desapegados das pessoas. Não no sentido de não estarmos presentes, de não nos importarmos, mas de telefonar pouco. Somos iguais nisso. E compreendemo-nos. Sempre me agradou que ele não fosse de cobrar: "Não dizes nada", "Não foste ao jantar", "Já não gostas de nós, agora é só o trabalho". Nunca gostei destas necessidades de atenção constantes que são uma forma de me castrar a liberdade. E uma imaturidade. Se não vamos a um qualquer sítio, é porque não estávamos para aí virados nesse dia e, à excepção de casos particulares, não significa coisa alguma, a não ser que não nos apetece ir hoje a esse café do costume.
Todos os anos, nos Santos Populares, ele e a namorada fazem uma espécie de arraial caseiro. Abrem as portas de casa, montam grelhadores na rua e convidam os amigos próximos. Sempre foi divertido. Em alguns ajudei a preparar a festa. Este ano, nos Santos, ele não me disse nada. Eu nem me lembrei disso. A decisão de me ter despedido do jornal ainda me esmurrava o estômago e não estava com vontade de grandes diversões. Só talvez para a festa dele. Talvez.
Dois dias depois do 12 de Junho o meu feed do facebook insiste em destacar tudo o que são fotografias da festa dos santos na casa dele. Na altura, talvez só tenha pensado que afinal ele deu a festa. No dia seguinte, o feed do facebook teima em mostrar as mesmas imagens. Comecei a ficar triste por não se ter lembrado de mim. Estávamos afastados, mas por força das circunstâncias, pensava eu. Afastados porque somos ambos desapegados. Mas depois, qual constatação de mulher sensível, vi pessoas nas fotografias que não lhe sabia próximas. E fiquei triste: "Nem se lembrou de mim".
Escrevi-lhe uma mensagem a contar como me sentia com o esquecimento. Mas que compreendia, que as nossas cabeças são iguais, e para combinarmos o tal café de que falávamos há meses. Não recebi resposta nesse dia. Nem nos seguinte quinze. Foi em Junho e nunca recebi resposta. À tristeza juntei mágoa e uma certa indignação.
Ontem, enquanto esperava por alguém no Marquês de Pombal, ele apareceu-me ao lado. Vindo do nada, meteu-se à minha frente, olhos nos meus, sem me dizer palavra. Fui eu que saquei o mote: "Estou lixada contigo", devo ter dito. "Eu sei", respondeu ele. "Não. Estou lixada contigo por não me teres respondido à mensagem". "Eu sei", diz ele, "Desculpa".
Depois de me contar que queria responder, mas que deixou passar um dia e dois, porque é difícil admitirmos que nos esquecemos de alguém que gostamos, e que quando deu por si já tinham passado semanas, compreendi que continuamos iguais. E que nunca deixámos de ser amigos. O esquecimento dele vezes a minha sensibilidade, resultou num mal entendido. O encontro inesperado, no meio do marquês, desencadeou uma tarde de memórias, confissões e, acima de tudo, de pertença. A semana ainda não acabou, mas sei que este foi o melhor dia.

Para memória futura

                                Não comer enquanto leio Paul Auster.
                                Não comer enquanto leio Paul Auster.
                                Não comer enquanto leio Paul Auster.

26.8.12

Injúrias da vida

Ser acordada pela televisão aos gritos no Disney Channel deixa mazelas para o resto do dia.

25.8.12

a guidinha vai com as outras

Que o texto da louca da Margarida Rebelo Pinto sobre "As gordinhas e as outras" é um atentado à moralidade e a uma suposta ética que a senhora devia ter como cronista - ainda que das mais rasteiras, mas cronista do Semanário Sol - já todos sabemos. Nem me dou ao trabalho de gastar mais linhas neste blogue com a análise à perversão que sai dos poucos neurónios da guidinha, a esquelética. Sendo o texto criticável, alvo de chacota e indignação, que é, só me espanta um pormenor: Porque é que toooooda a gente decidiu partilhar o dito, agora, em tudo o que é rede social? Será que ainda ninguém reparou que o texto é de setembro de 2010? dois-mil-e-dez.
É a prova que a carneirada anda sempre desejosa de fazer parte do grupo, da indignação, da moda.  Seja o alvo um texto desinteressante, seja o gelado mais in deste verão, ou o cabelo do piegas do Passos Coelho (que por acaso também mereceu uma análise saída dos dedos da guidinha, que fica para lá da diarreia mental). As coisas tornam-se virais enquanto o diabo esfrega um olho e ainda não vi um único analista de bancada que dissesse: "Epá, essa merda tem dois anos" e fosse buscar, no mínimo, uma das suas verborreias - da guidinha, pois claro - mais recentes. Se a coisa servisse para que essa grande maioria de portugueses deixasse de comprar os livros by margarida rebelo pinto e passassem a comprar boas histórias, e bem escritas, ainda percebia. Mas não acredito. No limite ainda os trocam por José Rodrigues dos Santos ou pelas Sombras de Grey (não me apetece ir ver o nome da autora), que no fim vai dar ao mesmo. E é tão triste. Tanta coisa construtiva a ser partilhada e anda tudo a dar tempo de antena à asna que não tem nada de jeito para dizer. Se a guidinha é estúpida que nem uma porta, que sempre foi, o cibernauta carneiro também me consegue surpreender todos os dias.

23.8.12

Humor Cão

Acordei com um humor de fugir. Preparei um pequeno-almoço apetitoso para tentar espezinhar a rabugice mas não resultou. Dediquei-me à bricolage na esperança de acalmar os ânimos e foi pior a emenda que o soneto (se há expressões populares com graça esta é, definitivamente, uma delas): os parafusos entravam tortos, a fechadura não encaixava e os puxadores teimavam em cair no chão ao mesmo tempo que faziam estardalhaço tal que estava capaz de fazer guisadinho deles. Entre alguns impropérios, decidi tomar um banho relaxante, cheio de espuma e exfoliante e máscara para o cabelo. Depois de me besuntar em creme protector, enfiei-me nuns calções giros e confortáveis, mais acessórios às cores para animar a manhã e o Livro das Ilusões dentro da mala. Troquei o carro pela bicicleta e pedalei, pedalei, pedalei, até não poder mais. Cheguei a uma esplanada com sol, já esgazeada de fome, e pedi salmão com salada. Descansei com o Paul Auster como companhia e quando a leitura cansou meti-me de novo à estrada. Cheguei a casa pronta a enfrentar o mundo. A culpa é da minha pequenina. Nunca me falha.


22.8.12

Inspiração

Nem sou de gostar deste género de vídeos, mas este pequenino chegou-me ao e-mail e fiquei a saber de algumas curiosidades. Como a de um professor do T. Edison lhe dizer que era demasiado estúpido para aprender o que quer que fosse. Ou um produtor ter chutado para canto a música dos Beatles e o Michael Jordan ter sido despachado da equipa de basquete do liceu. É espreitar e depois googlar sobre. São histórias de vida inspiradoras.

Assim como esta.

No meio de tanto projecto...


decidi partilhar bocadinhos do primeiro. A cómoda era castanho mel, sem gracinha nenhuma, e mal que ficava no meu quarto. Bastou uma pintura (depois de lixar, sim, essa árdua tarefa!) e uns puxadores novos pintados à mão e ficou catita que só ela. O gozo que dá agarrar numa coisa antiga, com histórias e histórias, e dar-lhe todo um novo ar. Está linda que dói.

Reencontro


O dia foi passado na praia:  sol, banhos a dois e a sombra do guarda-sol azul. Finalmente relaxados. Desejávamos tanto deixar a pressão de lado que, demorado o dia a chegar, quase acreditámos que estava muito longe de acontecer. Dou pulos de alegria de ter aparecido por fim, com bolas de berlim com creme, corpos quentes e o mar como fundo. E de ele ter folgas a meio da semana, quando a praia não se transforma num campo de férias cheio de gritinhos e chuvas de bolas. 
Depois fomos às compras mais urgentes: um berbequim, brocas, mais trinchas e rolos de espuma. Não são as compras de sonho. Pelo menos as minhas, porque ele lá se entretém com a variedade de maquinetas, lixas e caixas de ferramentas, e por si trazia todas, sejam precisas ou não: "Pode dar jeito", vai dizendo. Hã hã. Mas são as compras mais urgentes para tirar a casa deste circo em que se transformou nos últimos dias.
Chegados a casa, depois de um jantar rápido, toca a voltar a meter a porta do quarto no sítio, ensopar com mais uma demão de tinta e limpar os montes de lixeira. Agora decidimos que enfiar fechaduras novas e pintar é tudo feito in loco, que esta ideia de montar uma oficina na sala de jantar, e em vez de casa passar a ter um barraco, deu-me volta às hormonas e à boa disposição.
Finalmente com a casa arrumada e o plano de obras delineado, ainda tive tempo para me agarrar ao Paul Auster (O Livro das Ilusões é tão, mas tão bom!) e espreitar Desesperate Housewifes (que já perdi o fio à meada há que temporadas, e mesmo sem perceber nada fico colada a ver).
Posto isto é tempo de nos enfiarmos nos lençóis com cheiro a lavado, num quarto sem pó de lixadelas e com porta (finally!!) de cara nova, linda de morrer. Oh happy life!

18.8.12

Manhãs fechadas

Eu gostava que ele se deitasse mais cedo. Cuidasse um pouco mais de si e não apenas do vício de cafés e cigarros. Namorar com homens com tendência para as artes pode trazer alguns dissabores se estivermos a tentar encontrar o nosso lugar. Posso não saber muito bem onde estou neste momento, mas sei que lugar não quero: ficar acordada até tarde, a ver documentários na cabo, para acordar no dia seguinte às 12h intoxicada pelo fumo dos cigarros e a louça ainda por lavar. Bem sei que sair tarde do emprego troca as voltas a qualquer um, e ele tem um trabalho desses de fechar noite dentro. O preço de trabalhar num jornal diário. Juntar o horário trocado a uma certa tendência para não querer crescer muito, e à sua veia de músico, não me traz um dia a dia perfeito. Se quero estar um pouco com ele, tem de ser tarde na noite, enfiados no sofá e nos cigarros. Já tantas vezes dissemos que o melhor é acordarmos cedo e aproveitarmos a manhã. Sabemos que à noite eu já estou cansada, ele ainda mais. Eu bem sei o que é não gostar de um trabalho exigente, e percebo. Ele não gosta do jornal onde trabalha, chega de cara fechada e quando não o faz, é um esforço para estar bem dentro de casa. Mas as pessoas não podem fingir quando estão tristes.
Há meses que combinamos acordar cedo, tomar um pequeno-almoço com cheiro a café, sumo de laranja e torradas com compota caseira. Conversar, namorar, ler os jornais e dar um passeio no parque. Depois, deixava-o no trabalho e tratava do meu dia. À noite ele chegava mais feliz porque tinha aproveitado a manhã fora da redacção, podíamos não conversar nem namorar muito, mas dormíamos aconchegados um no outro, protegidos um pelo outro, como nos sentimos um dia. Hoje, quando nos deitamos, há um abismo entre os dois. Abraçados com um abismo no meio. Há meses que combinamos acordar cedo e aproveitar a manhã, mas eu já não sei se acredito. E é dessa dúvida que tenho medo.

17.8.12

Era um mac novo sff!

O meu querido Mac anda a precisar de uma dieta. Bom, na verdade, o que ele precisa é de uma reforma, mas como o tempo não é apropriado a gastos inesperados decidi comprar um disco externo para poder emagrecer o bicho em fotografias (muiiitas!), filmes e séries (muitttas!). Sei que o Reverso do Avesso é um recém nascido com poucos leitores, mas se andarem por aí e perceberem destas tecnologias fica a pergunta: pensando em qualidade/preço, qual é o melhor a comprar? Não conheço a maioria das marcas dos discos externos e estou um pouco perdida. Se no entretanto não chegarem leitores a este blogue vou depositar a confiança nos vendedores. E o perigo que isso pode ser nos dias de hoje.

15.8.12

Se a minha casa falasse

Depois do sumo de laranja e torradas com doce de framboesa e queijo, a preguiça matinal ainda não me largou. Com algum critério, vá. Decidi fazer remodelações em casa e lixar mobílias até ao tutano, escolher tintas, pintar, voltar a lixar e mais a saga de correr todas as lojas de decoração até encontrar os puxadores certos (que já encontrei, bendita Zara Home!), é coisa de cansar e equivale a horas de ginásio em treino puxado. A compensação é a cómoda estar a ficar de cair para o lado. De beleza, claro está. Restam-me seis portas, sete janelas e pintar todas as paredes da casa - vou ali respirar para um saco e já venho. Mulheres desta blogosfera (e rapazes, se andarem por aí!) quando visitarem sites de decoração, remodelação caseira e coisas que tal, tenham tento nas ideias e na vontade! Lemos as dicas, parece tudo facilzinho, coisa de se fazer em duas horas e, vamos a ver, já passaram cinco dias e tenho a casa de pantanas e o primeiro móvel ainda por acabar. Ainda assim não me arrependo, estou apenas desenganada quanto às dicas de bricolage cibernéticas.

13.8.12

Em jeito de apresentação

Como é que sabemos que uma relação chegou ao fim? Não ao fim de assumir, terminar, separar, mas ao princípio desse fim. O clique, consciente ou não, o momento exacto que te tão passado não permite marcha-atrás. Andássemos de olhos abertos, também para dentro, e no tempo exacto em que começasse o final seria tudo tão mais fácil. Travávamos, marcha-atrás, inversão de marcha e reencontrávamos o amor deixado na esquina anterior. As relações de amor são feitas de caminhos sinuosos. Quanto mais verdadeiras, mais inocentes. E por isso muitas vezes mais frágeis. O amor a sério é o mais bonito, mas peca pela fragilidade. Porque supostamente inquebrável não está preparado. Uma minúscula distracção pode ser o catalisador para que o abismo se rompa sem darmos por ele. Um perigo elevado a três se a mulher estiver com TPM, claro.
Nós mulheres e este triste fado (ou fardo, sei lá) de termos hormonas com feitio próprio. Segundo as luas, dizem os entendidos. Hoje é minguante e está tudo na paz. Amanhã é crescente, vemos tudo a preto e branco e o melhor é que nem nos digam 'bom dia' para não começarmos um longo discurso entediante, bruto e, pior, sem ponta por onde se lhe pegue. Para a semana é lua cheia e, valha-nos isso, queremos fazer amor dia e noite dentro. E mais a lua nova que trará outros humores.
Não percebo de luas, nem da suposta influência que têm no comportamento das mulheres (talvez só da cheia, vá), mas, felizmente, faço parte do rol de mulherio que dá vida ao mundo. E este blogue, com todas as entrelinhas que o objectivo possa ter, é apenas isso: a visão, os sentimentos, as alegrias e incongruências de um bicho mulher. Das comuns, que nem sempre sabem identificar o clique que marca o princípio do fim de uma relação, mas que ainda assim se atiram aos amores verdadeiros.