13.8.12

Em jeito de apresentação

Como é que sabemos que uma relação chegou ao fim? Não ao fim de assumir, terminar, separar, mas ao princípio desse fim. O clique, consciente ou não, o momento exacto que te tão passado não permite marcha-atrás. Andássemos de olhos abertos, também para dentro, e no tempo exacto em que começasse o final seria tudo tão mais fácil. Travávamos, marcha-atrás, inversão de marcha e reencontrávamos o amor deixado na esquina anterior. As relações de amor são feitas de caminhos sinuosos. Quanto mais verdadeiras, mais inocentes. E por isso muitas vezes mais frágeis. O amor a sério é o mais bonito, mas peca pela fragilidade. Porque supostamente inquebrável não está preparado. Uma minúscula distracção pode ser o catalisador para que o abismo se rompa sem darmos por ele. Um perigo elevado a três se a mulher estiver com TPM, claro.
Nós mulheres e este triste fado (ou fardo, sei lá) de termos hormonas com feitio próprio. Segundo as luas, dizem os entendidos. Hoje é minguante e está tudo na paz. Amanhã é crescente, vemos tudo a preto e branco e o melhor é que nem nos digam 'bom dia' para não começarmos um longo discurso entediante, bruto e, pior, sem ponta por onde se lhe pegue. Para a semana é lua cheia e, valha-nos isso, queremos fazer amor dia e noite dentro. E mais a lua nova que trará outros humores.
Não percebo de luas, nem da suposta influência que têm no comportamento das mulheres (talvez só da cheia, vá), mas, felizmente, faço parte do rol de mulherio que dá vida ao mundo. E este blogue, com todas as entrelinhas que o objectivo possa ter, é apenas isso: a visão, os sentimentos, as alegrias e incongruências de um bicho mulher. Das comuns, que nem sempre sabem identificar o clique que marca o princípio do fim de uma relação, mas que ainda assim se atiram aos amores verdadeiros.

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