30.12.12

Antes ler depois do que ficar só com o filme

Primeiro foi o On The Road, depois o Anna Karenina. Até ver, não me lembro de outro livro que tenha lido depois de ver o filme. Em boa verdade, só li (dezenas de vezes) as primeiras frases do A. Karenina, mas essa tragédia vai acabar não tarda nada - mais ou menos, vá, que eu sou pessoa de ler demoradamente e 700 e tal páginas não se virarão de uma assentada.
Hoje fui ver o filme com a mamacita e a única coisa que me fez sair da história foi a coceira infernal por causa da picada dos mosquitos que muito atraídos se sentem por esta doçura de pessoa que sou eu (rezo para não ser atacada por um com dengue!). Fora isso, a-do-rei. Bom, é certo que sou suspeita porque gosto muito de filmes de época e simpatizo com os russos. Mas nada disso importou, foi a própria da Karenina que me deixou caída aos seus pés, personagem portento, cheia de garra e grande dose de loucura. Se tivesse vivido por alturas de mil oitocentos e tal tinha gostado de ser como ela. Provavelmente ainda hoje gostava de ser como ela. E por isso vou agarrar-me agora à edição velhinha que a minha mãe tem aqui em casa (e já leu três vezes, fez questão de lembrar, e enxovalhar, volta e meia) e tentar devorá-la toda antes de partir para a urbe.



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